Enfim, um lugar pra chamar de meu

Finalmente criei coragem (e arrumei tempo, o que é quase um milagre) pra montar meu próprio espaço na web. Passei os últimos meses só lendo blogs de outras pessoas, stalkeando comunidades no Orkut e me perdendo em fóruns de madrugada, mas ficava sempre naquela: "será que eu teria algo interessante pra escrever?". A verdade é que acho que ninguém tem *tanta* coisa assim pra falar, mas quando você coloca na internet, vira memória, vira registro. E eu gosto dessa ideia de ter um canto que é só meu.

A vida na república é legal, sempre tem alguém pra dividir pizza e cerveja barata, mas também pode ser sufocante. O quarto é minúsculo, e a pilha de livros de Cálculo II já ameaça cair em cima de mim enquanto eu durmo. Ter esse blog é quase um escape, sabe? Aqui posso ser a Cecília que gosta de escrever bobagens sobre o dia, reclamar do monitor CRT que queima a vista, ou compartilhar a música que não sai do repeat no meu Winamp. Sem ninguém enchendo o saco porque estou "falando sozinha".

Tecnicamente, ainda estou aprendendo como fazer isso aqui funcionar. Estou usando o Bloco de Notas pra escrever HTML, linha por linha, e salvando como .html pra ver se abre no navegador. É tipo mágica, só que com muitos palavrões no processo. Descobri que uma table pode arruinar a sua sanidade se não fechar direito. Acho meio engraçado: estudo Ciência da Computação e ainda assim me sinto perdida com as coisas mais simples. Mas tudo bem, é assim que se aprende.

Enfim, esse é o primeiro post do meu “cantinho”. Talvez ninguém leia, mas eu vou fingir que sim, fica menos triste assim. Se você caiu aqui por acaso, pode ficar à vontade, comentar, criticar, ou só rir da minha cara. A ideia é usar esse espaço como um diário de bordo da vida de uma futura (espero!) programadora. Vamos ver até onde eu consigo levar.