A primeira aventura!
19 de Junho de 2004
Fui! Criei coragem e fui com um amigo até uma fábrica de tecidos abandonada perto da faculdade. O lugar era gigantesco e parecia congelado no tempo. O cheiro de mofo tomava conta, e as máquinas estavam cobertas por uma poeira tão grossa que dava pra escrever palavras com o dedo. Andar ali dentro era como invadir um cenário de filme pós-apocalíptico.
Levei a câmera analógica do meu pai e tentei registrar tudo. As fotos devem sair tremidas e escuras, mas acho que isso faz parte do charme. Achamos calendários de 1992 pendurados nas paredes, fichas de ponto amareladas, e até ferramentas largadas como se alguém tivesse saído correndo e nunca mais voltado.
A sensação era surreal. Você anda e sente como se estivesse despertando memórias adormecidas. É como se o lugar ainda estivesse vivo, mas em outra frequência. Difícil explicar. Mas deu vontade de repetir.